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Como criar uma decoração do zero: um guia para transformar qualquer espaço

Criar uma decoração do zero não é apenas escolher móveis e objetos bonitos; é um processo estratégico, técnico e emocional. Saber como começar a decorar um espaço é o primeiro passo para transformar ambientes vazios em locais funcionais, acolhedores e cheios de personalidade.

Quando um ambiente ainda está vazio, uma oportunidade única surge: tudo pode ser pensado desde o início. Cada detalhe pode ser planejado, cada textura pode ser testada, cada escolha passa a fazer sentido no conjunto. O objetivo não é apenas decorar, mas sim criar um cenário que converse com a rotina, com as emoções e com o propósito do espaço.

 

Primeiro passo: entender quem vai viver no ambiente

Antes de qualquer compra, é essencial compreender as pessoas que irão conviver ali e o gosto pessoal de cada uma delas. Quando mais de uma pessoa divide o espaço, um consenso estético deve ser buscado para que a ambientação agrade a todos. Pessoas com personalidades diferentes podem se complementar em um conceito único, ou até mesmo criar novas perspectivas, unindo mais de um estilo contrastante.

 

Além disso, nenhuma decoração funciona sem clareza de uso. Um quarto precisa ser planejado para descanso, uma sala para convivência, um home office para concentração. As principais tarefas que serão realizadas em cada ambiente precisam ser mapeadas. A partir desse mapeamento, mobiliário, iluminação e até o posicionamento de peças são definidos, e o espaço passa a responder às necessidades da rotina. 

O ambiente não deve ser pensado de forma isolada do contexto em que está inserido. Em regiões de clima quente, materiais mais leves, tons claros e composições arejadas são ideais. Em locais mais frios, texturas macias, madeiras robustas e cores quentes ajudam a criar sensação de aconchego. Essa etapa, muitas vezes esquecida, faz com que o espaço permaneça agradável durante todo o ano, sem a necessidade de grandes adaptações sazonais.

 

Paleta de cores: a bússola do projeto

Definir uma cartela de cores é um dos pontos mais estratégicos da decoração, já que com ela, todo o restante ganha coerência. 

A regra 60-30-10 é uma das técnicas mais usadas por designers de interiores para trazer harmonia e dinamismo para qualquer espaço,  sem sobrecarregar o ambiente e sem cair na monotonia.

Essa proporção organiza a paleta de cores em três camadas principais:

  • 60% – a cor dominante
    Essa é a base do ambiente. Geralmente composta por tons neutros ou suaves, cobre a maior parte do espaço: paredes, pisos, grandes móveis (sofá, armários, camas). É a responsável por trazer unidade visual e criar um pano de fundo consistente para as demais cores.
  • 30% – a cor secundária
    Trata-se do tom complementar, que dá suporte e aprofunda a composição. Costuma aparecer em móveis médios, cortinas, tapetes, painéis, poltronas. É aqui que o estilo começa a se expressar, sem comprometer a versatilidade do espaço.
  • 10% – a cor de destaque
    É a responsável pelo impacto visual e pela personalidade. Normalmente aplicada em objetos decorativos, almofadas, quadros, luminárias, pequenos detalhes que chamam a atenção. Essa parcela pequena é a mais flexível, podendo ser alterada para acompanhar tendências ou mudanças de estação sem grandes investimentos.

Ordem das compras: da estrutura ao detalhe

Uma vez que o conceito foi definido, as compras precisam seguir uma ordem lógica. O ideal é começar pelos móveis estruturais, como sofás, mesas, camas, estantes e armários, que servem de base para o ambiente. Em seguida, entram os itens de decoração essenciais, como luminárias, organizadores, vasos, tapetes e cortinas, que ajudam a criar a atmosfera desejada. Por fim, os complementos refinam o espaço e trazem personalidade: almofadas, esculturas, bandejas, quadros, porta-retratos e outros acessórios que finalizam a composição.

Ambientes infantis: decorações que crescem com as crianças

Para espaços destinados a crianças, a atemporalidade precisa ser priorizada. Uma decoração que evolui conforme a idade evita reformas constantes. Móveis neutros, paletas versáteis e itens decorativos bem escolhidos permitem que o ambiente acompanhe o desenvolvimento da criança, adaptando-se ao longo dos anos.

O toque que transforma o espaço em lar

Com tudo instalado, as vezes a disposição dos móveis precisa ser revista, a iluminação reposicionada ou pequenos acessórios substituídos para assegurar equilíbrio visual. É nesse estágio que o projeto deixa de ser apenas técnico e passa a transmitir emoção. A essência de quem vive ali se encontra com a estética planejada, resultando em um ambiente funcional, belo e único. É também o momento em que o afeto ganha destaque, com a inclusão de fotografias que guardam boas lembranças ou daquele objeto especial que não pode ficar de fora da decoração.

Decoração para lojas: disposição que gera experiências

Quando a decoração é pensada para lojas, ela precisa ir além da beleza do espaço. O objetivo é conduzir o cliente de forma natural, criando uma jornada de compra agradável e intuitiva. A vitrine deve atrair os olhares e despertar o interesse. Produtos de maior destaque são colocados em pontos estratégicos, enquanto os itens complementares ficam próximos, sugerindo combinações e aumentando as vendas. A disposição geral convida o cliente a explorar cada canto da loja. Iluminação bem direcionada, sinalização clara e áreas livres ajudam a tornar a circulação mais leve e ajudam na sensação de conforto. 

 

O lado profissional da decoração 

Em parceria com a MART, o arquiteto João Gabriel (@arquitetojoaogabriel) trouxe sua visão sobre como um projeto é feito do zero, quais os principais pontos de atenção e como deixar a décor ainda mais sutil sem perder a personalidade.

 

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