A teoria das cores na decoração
A cor é um dos elementos mais poderosos da decoração, ela influencia sensações, delimita espaços, cria atmosferas e pode mudar a percepção do tamanho e da temperatura de um ambiente. E embora o gosto pessoal deva ser respeitado, é com a teoria das cores que as decorações mais equilibradas costumam ser construídas.
O que é a teoria das cores?
A teoria é baseada em estudos que organizam as cores e suas interações no círculo cromático, uma representação gráfica criada para facilitar a combinação e a harmonia visual. O círculo é dividido entre:
Cores primárias: vermelho, azul e amarelo, que não podem ser obtidas pela mistura de outras cores.
Cores secundárias: resultantes da combinação entre duas primárias (azul + amarelo = verde).
Cores terciárias: compostas pela mistura de uma primária com uma secundária.
A partir dessa estrutura cromática, relações entre as cores são estabelecidas para criar decorações fluidas e que não causem estranheza, como:
Análogas: cores próximas entre si no círculo, como azul, azul-esverdeado e verde, transmitem continuidade e fluidez.
Complementares: posicionadas em lados opostos, como laranja e azul, criam contraste visual intenso.
Monocromáticas: variações de uma mesma cor, que geram sofisticação e serenidade.
Essas harmonias cromáticas podem ser aplicadas tanto em paredes quanto em objetos e têxteis, e devem ser escolhidas conforme o objetivo de cada espaço.
Uso das cores em ambientes internos e externos
Para interiores, cores suaves e acolhedoras são geralmente indicadas para favorecer o conforto visual e tornar o convívio mais agradável. Entre as mais recomendadas estão:
Tons neutros (branco, cinza, bege, areia): Utilizados como base de fundo, esses tons oferecem versatilidade, aumentam a luminosidade e possibilitam liberdade para composições com objetos coloridos.
Verdes claros e azulados: Associados à tranquilidade, esses tons são muito usados em quartos, banheiros e espaços de descanso. Além disso, são percebidos como frescos e elegantes.
Tons terrosos (terracota, caramelo, argila, chocolate): remetem à natureza. Quando aplicados com equilíbrio, criam ambientes acolhedores, atemporais e, quando combinados com plantas, trazem a natureza para dentro.
Cores esmaecidas ou “sem saturação”: Como rosa queimado, verde oliva ou azul petróleo, trazem sofisticação e profundidade, sem excessos.
Essas escolhas podem ser potencializadas ou suavizadas de acordo com os acabamentos e a iluminação do ambiente, podendo também ser usados em paredes, móveis como sofás e jogos de cama ou objetos decorativos como quadros e esculturas.
Já em áreas externas, a conexão com o ambiente natural costuma ser mais valorizada. Por isso, as paletas são frequentemente compostas por tons:
Naturais (verde-musgo, marrom, areia): integrados ao paisagismo e à vegetação.
Frescos (azul-piscina, turquesa): perfeitos para espaços com água ou muito sol.
Vibrantes (amarelo, coral, laranja queimado): usados com moderação, para criar pontos de destaque.
Como usar cores em ambientes neutros
Muitos projetos contemporâneos utilizam bases neutras como ponto de partida: paredes claras, móveis em tons naturais, pisos discretos. Esse recurso permite que a decoração possa ser atualizada com facilidade e que o foco visual seja deslocado para acessórios e texturas.
Para a teoria das cores ser adicionada nesses contextos, podem ser utilizadas algumas estratégias:
Objetos decorativos (vasos, almofadas, quadros): funcionam como pontos de cor, guiando o olhar de forma estratégica.
Paredes de destaque: podem ser pintadas em tons mais intensos, sem comprometer a leveza geral do ambiente.
Mix de texturas e materiais coloridos: como cerâmicas texturizadas, tecidos coloridos ou papéis de parede gráficos, trazem profundidade e narrativa visual.
Dourado e prateado: brilho que equilibra e valoriza
Tons metálicos como dourado e prateado não estão no círculo cromático, mas têm papel essencial na decoração e na teoria das cores. O dourado aquece, traz sofisticação e combina com tons terrosos e verdes escuros. O prateado refresca, reforça ambientes modernos e funciona bem com azuis e cinzas.
Usados em objetos, molduras, esculturas ou luminárias, esses tons refletem luz, destacam texturas e valorizam composições neutras, enriquecendo qualquer espaço com elegância discreta.
A iluminação e as cores
A iluminação é um dos fatores que mais afetam a percepção das cores. Um mesmo tom pode ser visto de maneira completamente diferente, dependendo do tipo de luz que incide sobre ele, como luzes naturais, que deixam a percepção das cores mais fiel à original, podendo ter variações ao longo do dia. Já as luzes mais quentes deixam o ambiente mais vibrante, e valorizam tons terrosos, ao contrário das luzes frias, que podem deixar as cores menos impactantes, com aspecto de “lavadas”
Por isso, antes de definir a paleta do ambiente, é indispensável que as cores sejam testadas sob a luz real do espaço.
Decore com a MART
A teoria das cores é uma ferramenta fundamental na construção de ambientes harmônicos e intencionais. Quando bem aplicada, ela ajuda a transmitir sensações, destacar elementos e criar espaços que refletem estilo e bem-estar.
Na MART, as cores ganham um novo significado, seja em almofadas, em vasos com arranjos coloridos, em adornos e esculturas douradas e prateadas ou quadros que trazem vida ao ambiente.